Segunda-feira, 13 de Outubro de 2008
Vou mudar o nome do Blog...
Pensando.....
Segunda-feira, 6 de Outubro de 2008
Cada povo tem o governo que merece....
é isso Brasil, cada povo tem o governo que merece.. Até o Maluf queria voltar à prefeitura.
Em Rubiataba, o Zé ganhou do Jakes, em Suzano o Cândido derrotou o Estevam e em Ceres o Edmário ganhou do Valter Mello... ainda bem.
Em São Paulo, o turquinho deve ganhar o segundo turno e por ai vai....
Curioso é que todos estes candidatos estavam concorrendo a reeleição. Siginfica que o mandato agora é de 8 anos e não 4.
Explico melhor: o cara assume e nao faz nada pois o orçamento estourado é herdado do gestor anterior (já se foi 1 ano), no 2 ano, ele planeja como ter dinheiro para os 2 outros anos... assim, ele de fato administra no 2º ano; No 3º ano, apenas enrola para sobra dinheiro para o ano seguinte e no 4º ano (neste 4º ano ele trabalha muito para gastar tudo que nao fez nos anteriores e tentar a reeleição).
Reeleito, e sem perspectiva de uma nova reeleição (ainda bem!!!) o cara tem que trabalhar os 4 anos, no entanto, faz algo no 1º ano para justificar para o povinho (que na verdade é seu 5º ano de gestor), no 2º ano do 2º mandato (6º ano do total) o esquema é deixar rolar... No 7º ano, a preocupação é fazer seu sucessor (de preferência um vereador medíocre) para depois de 4 anos de descanso ele tentar voltar....
Assim, 8 anos se transformam em apenas 4 anos para o eleito e uma eternidade para o povo....
E o povo tem que agradecer a Deus por não ser possível o 3º mandato... ainda....
Voces devem estar se perguntando: e o 8º ano?
eu também me pergunto.???????
Em Rubiataba, o Zé ganhou do Jakes, em Suzano o Cândido derrotou o Estevam e em Ceres o Edmário ganhou do Valter Mello... ainda bem.
Em São Paulo, o turquinho deve ganhar o segundo turno e por ai vai....
Curioso é que todos estes candidatos estavam concorrendo a reeleição. Siginfica que o mandato agora é de 8 anos e não 4.
Explico melhor: o cara assume e nao faz nada pois o orçamento estourado é herdado do gestor anterior (já se foi 1 ano), no 2 ano, ele planeja como ter dinheiro para os 2 outros anos... assim, ele de fato administra no 2º ano; No 3º ano, apenas enrola para sobra dinheiro para o ano seguinte e no 4º ano (neste 4º ano ele trabalha muito para gastar tudo que nao fez nos anteriores e tentar a reeleição).
Reeleito, e sem perspectiva de uma nova reeleição (ainda bem!!!) o cara tem que trabalhar os 4 anos, no entanto, faz algo no 1º ano para justificar para o povinho (que na verdade é seu 5º ano de gestor), no 2º ano do 2º mandato (6º ano do total) o esquema é deixar rolar... No 7º ano, a preocupação é fazer seu sucessor (de preferência um vereador medíocre) para depois de 4 anos de descanso ele tentar voltar....
Assim, 8 anos se transformam em apenas 4 anos para o eleito e uma eternidade para o povo....
E o povo tem que agradecer a Deus por não ser possível o 3º mandato... ainda....
Voces devem estar se perguntando: e o 8º ano?
eu também me pergunto.???????
Sábado, 27 de Setembro de 2008
Mais um pouco de coisas....
Nestes últimos dias tenho dedicado boa parte do tempo a leituras e sistematização de materiais para minha pesquisa de doutorado.. No meio destas, encontro sempre materiais que vem de encontro com a temática do blog.... pensar Rubiataba, Ceres, Goianésia, enfim, o Vale do São Patrício e a expansão da fronteira da cana na região.
Um site cheio de verdades pouco anunciadas é o observatório do agronegócio que traz um bom debate sobre as monoculturas e suas implicações.
Ignacy Sachs, um dos cara que consagrou a idéia de desenvolvimento sustentável, em seus últimos escritos e conferências pelo mundo, tenta demonstrar que o caminho do Brasil está errado (opção monocultura da cana) mas parece que o recado ainda não foi assimilado. Veja o que ele diz.
Sexta-feira, 19 de Setembro de 2008
Cana avança sobre as pequenas propriedades no Vale do São Patrício
Estudos comprovam: a cana está avançando sobre as áreas de pequenos produtores no VSP. Em breve vou postar aqui algumas pesquisas que confirmam este grave problema.
Apenas para a reflexão:
Rubiataba por exemplo, tem vivido um crescente movimento do comércio e setor de serviços. Certo? Claro que isso é observado no movimento da cidade e nas lojas que se modernizaram, no entanto, de onde vem este dinheiro que está promovendo este movimento?
A resposta mais óbvia é: do arrendamento de propriedades para a usina. Com dinheiro no bolso e sem espaço no campo, as pessoas montam seus próprios negócios na cidade. Até ai tudo bem. O problema reside na diminuição da produção agrícola local: hoje no VSP não se produz mais nada, tudo é importado!!!
Sem produção não há renda, sem renda não há consumo! quem vai comprar do lojista? Os cortadores de cana? Estes estão com os dias contados!!! A Usina já intensifica a mecanização para atender a legislação ambiental e evitar problemas trabalhistas. Sobrarão poucos para dinamizar este comércio...
Pausa para reflexão..... eu não vejo saída....
Domingo, 31 de Agosto de 2008
Eleição em Rubiataba...Observações à distância
Por um longo período (desde março) não posto nada neste blog... Explico: eu aguardava a definição dos nomes para a eleição municipal e suas principais propostas para comentar.
No entanto, as principais propostas parecem ser repetecos de tudo que sempre se ouviu, até o aeroporto volta à discussão. Aeroporto para que? Para pousar e levantar vôo aviões de pulverização de cana, só se for isso?! Ahh mas para isso, eles resolvem sem aeroporto mesmo.
Dignas de menção, apenas algumas popostas apresentadas pelo Jamel, que diga-se de passagem é o único candidato que ouve e conversa com as pessoas em qualquer circunstância, seja candidato ou não.
O Jamel, que a frente da Associação Comercial de Rubiataba inovou nas propostas de modernização para os lojistas, estudou algumas das principais formas de geração de emprego e renda que o mundo inteiro aponta e estabeleceu o turismo e o setor de serviços como importantes vetores do desenvolvimento do município.
Rubiataba, que é destino de muitas pessoas nos finais de semana e feriados, grande parte, oriundos de Brasilia e Goiânia, ainda não aprendeu a aproveitar este fluxo de turistas. No sábado e domingo quando a cidade está repleta de visitantes, as lojas estão fechadas. As feiras que se realizam se não são nojentas(a feira livre de domingo é nojenta!) são de visitantes (feira hippie) que deixam apenas o lixo em Rubiataba.
Aproveitar este potencial gera emprego e renda para os lojistas e para a cidade.
Da mesma forma, Rubiataba poderia aproveitar sua condição agradável (cidade plana, arborizada e tranquila) para atrair novos moradores (não apenas cortadores de cana) com renda garantida, refiro-me aos idosos com aposentadorias que poderiam contribuir (e muito) na melhoria dos serviços médicos e hospitalares da cidade e região. O país está envelhecendo, os idosos vivendo mais, porém, eles procuram locais agradáveis para viver.
Só para lembrar, o Jamel quando secretário municipal foi responsável por um amplo estudo sobre o turismo em Rubiataba que ficou engavetado dada a falta de prioridade política do momento. Agora é hora de discutir e por em prática!!!
Só para reforçar, lembro que as externalidades (positivas e negativas) geradas pela usina custam muito caro para o município e quem paga é o contribuinte. Para quem quiser ler sobre este assunto, publiquei um artigo num congresso sobre população e pobreza em 2007 realizado em BH. Acesse aqui
Em tempo, ouvi de um funcionário da usina a seguinte frase: "os homi manda nois vota no Zé mas nois pensa também"
No entanto, as principais propostas parecem ser repetecos de tudo que sempre se ouviu, até o aeroporto volta à discussão. Aeroporto para que? Para pousar e levantar vôo aviões de pulverização de cana, só se for isso?! Ahh mas para isso, eles resolvem sem aeroporto mesmo.
Dignas de menção, apenas algumas popostas apresentadas pelo Jamel, que diga-se de passagem é o único candidato que ouve e conversa com as pessoas em qualquer circunstância, seja candidato ou não.
O Jamel, que a frente da Associação Comercial de Rubiataba inovou nas propostas de modernização para os lojistas, estudou algumas das principais formas de geração de emprego e renda que o mundo inteiro aponta e estabeleceu o turismo e o setor de serviços como importantes vetores do desenvolvimento do município.
Rubiataba, que é destino de muitas pessoas nos finais de semana e feriados, grande parte, oriundos de Brasilia e Goiânia, ainda não aprendeu a aproveitar este fluxo de turistas. No sábado e domingo quando a cidade está repleta de visitantes, as lojas estão fechadas. As feiras que se realizam se não são nojentas(a feira livre de domingo é nojenta!) são de visitantes (feira hippie) que deixam apenas o lixo em Rubiataba.
Aproveitar este potencial gera emprego e renda para os lojistas e para a cidade.
Da mesma forma, Rubiataba poderia aproveitar sua condição agradável (cidade plana, arborizada e tranquila) para atrair novos moradores (não apenas cortadores de cana) com renda garantida, refiro-me aos idosos com aposentadorias que poderiam contribuir (e muito) na melhoria dos serviços médicos e hospitalares da cidade e região. O país está envelhecendo, os idosos vivendo mais, porém, eles procuram locais agradáveis para viver.
Só para lembrar, o Jamel quando secretário municipal foi responsável por um amplo estudo sobre o turismo em Rubiataba que ficou engavetado dada a falta de prioridade política do momento. Agora é hora de discutir e por em prática!!!
Só para reforçar, lembro que as externalidades (positivas e negativas) geradas pela usina custam muito caro para o município e quem paga é o contribuinte. Para quem quiser ler sobre este assunto, publiquei um artigo num congresso sobre população e pobreza em 2007 realizado em BH. Acesse aqui
Em tempo, ouvi de um funcionário da usina a seguinte frase: "os homi manda nois vota no Zé mas nois pensa também"
Terça-feira, 26 de Fevereiro de 2008
IDH, Cuba e Brasil.....
O Brasil apesar de elevar seu IDH de 0,792 para 0,800 (de 2006 para 2007) ingressando no seleto grupo de 70 países com IDH considerado elevado, caiu uma posição no ranking geral (saiu de 69º para 70º colocação). Apenas para efeito de comparação, a França saiu de 16º para 10º colocação. Acima do Brasil no ranking estão países como Ilhas Maurício, Martinica, Brunei e Líbia...além dos países considerados de primeiro mundo ou desenvolvidos (EUA, Inglaterra, Islândia, Noruega, etc.)
Frei Betto, indiscutível, aponta que Cuba, onde nada se paga pelo direito universal à saúde e educação de qualidades, figura em 51º lugar e, vai mais longe, afirmando: “A cada ano, 80 mil crianças morrem vítimas de doenças evitáveis. Nenhuma delas é cubana.” “Esta noite 200 milhões de crianças dormirão nas ruas do mundo. Nenhuma é cubana.”
Em Cuba planta-se cana-de-açúcar também...
Mas o que significa o IDH para você e para mim? Meros mortais que somos números para os governos.
O índice é composto por 3 conjuntos de informações relativos a renda, educação e longevidade (tempo de vida da população), que segundo seus idealizadores permite mensurar (pelo menos de maneira sintética), o desenvolvimento humano de um dado país, estado ou município.
No cerne da questão, está a maquiagem feita por governos de todos os lados de seus verdadeiros números, um exemplo é a inexistência de reprovação no ensino básico e fundamental no Brasil, que promove a alfabetizados, indivíduos que mal conseguem compreender um anúncio de jornal ou discernir propaganda de realidade...
E viva o Brasil !!!!!
No próximo texto vou mostrar para voces como evolui a agricultura e a pecuária do Vale do São Patrício, especialmente de Rubiataba desde 1996... Não consigo entender, juro....
Quarta-feira, 20 de Fevereiro de 2008
Eleições em Rubiataba
Tudo indica que neste ano a cidade de Rubiataba enfrentará uma verdadeira corrida pelo desenvolvimento... tudo que não aconteceu nos 3 anos que se passaram pode ser que agora saia do papel... afinal, a reeleição é legal em nosso país.
Nos bastidores especulam-se alguns nomes para concorrer ao cargo maior da cidade, partidos se alinhando e muito trabalho.
Em razão disso, algumas perguntas que devem ser levadas a efeito: o que tem sido feito para gerar emprego e renda na cidade? quais as oportunidades que os jovens possuem? cultura e lazer não existem na cidade, por que? como tem sido tratada a questão ambiental na cidade? e a prostituição infantil?
Seria oportuno discutir cada tópico destes, fica o desafio para os futuros candidatos...
Em tempo... experiências de diversas cidades no Brasil mostram que apostar no desenvolvimento local é fundamental para o sucesso das cidades... um primeiro passo é fortalecer o comércio e a agricultura local.... coisa que Rubiataba ainda não aprendeu...
Sábado, 26 de Janeiro de 2008
Férias 2007/2008
Tirei férias extensas.... desde o meio de dezembro estou na praia... Volto a escrever em fevereiro de 2008... Com algum esforço estarei no CarnaRubia, só depende da vacina da febre amarela....Mas depois disso, a observação sistemática do dia-dia da cidade deve ser a pauta, afinal, vem aí a eleição 2008... Pefeitos e vereadores.... nada ainda definido, mas muita especulação....Aguardemos...
Segunda-feira, 15 de Outubro de 2007
Risco de câncer no fogo dos canaviais
Risco de câncer no fogo dos canaviais
(Saiu na Revista PESQUISA FAPESP, Nº 99, maio de 2004)
Parece uma chuva de filetes de carvão. No interior paulista, entre maio e novembro, o fogo nos canaviais, adotado há séculos como forma de facilitar o corte da cana-de-açúcar, produz uma fuligem que fecha o céu, suja as roupas no varal e atormenta a vida de quem tem asma e bronquite. Não bastassem esses problemas, as queimadas liberam material particulado que contém compostos químicos conhecidos como hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (PAHs, sigla em inglês), de acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Antuérpia, na Bélgica, e do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Araraquara. “Mesmo em concentrações reduzidas, a presença dos PAHs no ar preocupa, pois, além de agravar problemas respiratórios, alguns deles são potencialmente cancerígenos”, comenta Ana Flavia Godoi, autora do estudo que identifica essas substâncias, publicado no Journal of Chromatography A, complementado por outro, de Ricardo Godoi, recém-publicado no Mikrochimica Acta. A equipe belga, coordenada por René Van Grieken, na qual Ana Flavia trabalha há três anos, e a da Unesp, chefiada por Mary de Marchi, coletaram amostras de material particulado durante dez dias em Araraquara, no centro da região produtora de cana em São Paulo. Por meio de uma nova técnica que reduz o tempo de análise em até dez vezes (o resultado sai em 40 minutos), encontraram quantidades expressivas de PAHs, como fenantreno, fluorantreno e pireno, emitidos pela queima de cana. Segundo esses estudos, a concentração de PAHs em Araraquara, durante a queimada é maior que a encontrada normalmente em capitais como Santiago, no Chile, e Seul, na Coréia do Sul, com uma população pelo menos cinco vezes maior e a poluição típica das metrópoles. A concentração de um deles, o benzo[a]pireno, composto com alto potencial de causar câncer, com um tempo de vida de 5 a 15 dias, é maior que a encontrada em Londres, na Inglaterra.
Divulgação: Associação Cultural e Ecológica Pau Brasil
(Saiu na Revista PESQUISA FAPESP, Nº 99, maio de 2004)
Parece uma chuva de filetes de carvão. No interior paulista, entre maio e novembro, o fogo nos canaviais, adotado há séculos como forma de facilitar o corte da cana-de-açúcar, produz uma fuligem que fecha o céu, suja as roupas no varal e atormenta a vida de quem tem asma e bronquite. Não bastassem esses problemas, as queimadas liberam material particulado que contém compostos químicos conhecidos como hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (PAHs, sigla em inglês), de acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Antuérpia, na Bélgica, e do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Araraquara. “Mesmo em concentrações reduzidas, a presença dos PAHs no ar preocupa, pois, além de agravar problemas respiratórios, alguns deles são potencialmente cancerígenos”, comenta Ana Flavia Godoi, autora do estudo que identifica essas substâncias, publicado no Journal of Chromatography A, complementado por outro, de Ricardo Godoi, recém-publicado no Mikrochimica Acta. A equipe belga, coordenada por René Van Grieken, na qual Ana Flavia trabalha há três anos, e a da Unesp, chefiada por Mary de Marchi, coletaram amostras de material particulado durante dez dias em Araraquara, no centro da região produtora de cana em São Paulo. Por meio de uma nova técnica que reduz o tempo de análise em até dez vezes (o resultado sai em 40 minutos), encontraram quantidades expressivas de PAHs, como fenantreno, fluorantreno e pireno, emitidos pela queima de cana. Segundo esses estudos, a concentração de PAHs em Araraquara, durante a queimada é maior que a encontrada normalmente em capitais como Santiago, no Chile, e Seul, na Coréia do Sul, com uma população pelo menos cinco vezes maior e a poluição típica das metrópoles. A concentração de um deles, o benzo[a]pireno, composto com alto potencial de causar câncer, com um tempo de vida de 5 a 15 dias, é maior que a encontrada em Londres, na Inglaterra.
Divulgação: Associação Cultural e Ecológica Pau Brasil
Quarta-feira, 10 de Outubro de 2007
Definições mínimas
Para Émile Durkheim, factos sociais são "coisas". São maneiras de agir, pensar e sentir exteriores ao indivíduo, e dotadas de um poder coercitivo. Não podem ser confundidos com os fenômenos orgânicos nem com os psíquicos, constituem uma espécie nova de fatos. São fatos sociais: regras jurídicas, morais, dogmas religiosos,sistemas financeiros, maneiras de agir, costumes, etc.
Bourdieu em sua discussão sociológica centralizou-se, ao longo de sua obra, na tarefa de desvendar os mecanismos da reprodução social que legitimam as diversas formas de dominação. Para empreender esta tarefa, Bourdieu desenvolve conceitos específicos, retirando os fatores econômicos do epicentro das análises da sociedade, a partir de um conceito concebido por ele como violência simbólica, no qual Bourdieu advoga acerca da não arbitrariedade da produção simbólica na vida social, advertindo para seu caráter efetivamente legitimador das forças dominantes, que expressam por meio delas seus gostos de classe e estilos de vida, gerando o que ele pretende ser uma distinção social.
Fonte: Wikipédia
Bourdieu em sua discussão sociológica centralizou-se, ao longo de sua obra, na tarefa de desvendar os mecanismos da reprodução social que legitimam as diversas formas de dominação. Para empreender esta tarefa, Bourdieu desenvolve conceitos específicos, retirando os fatores econômicos do epicentro das análises da sociedade, a partir de um conceito concebido por ele como violência simbólica, no qual Bourdieu advoga acerca da não arbitrariedade da produção simbólica na vida social, advertindo para seu caráter efetivamente legitimador das forças dominantes, que expressam por meio delas seus gostos de classe e estilos de vida, gerando o que ele pretende ser uma distinção social.
Fonte: Wikipédia
Domingo, 7 de Outubro de 2007
Pensando o Vale do São Patrício - GO
Na necesidade de conhecer o Vale do São Patrício, o Zoneamento Ecológico-Econômico pode se constituir num aporte importante para a discussão do desenvolvimento regional.
Escrevi este blog pela necessidade de expor um pouco de como penso uma região em função de suas potencialidades e coisas (a expressão coisas é para simplificar diversas dimensões que compõem o desenvolvimento sustentável)
O desenvolvimento em curso no VSP é compatível com sua base de recursos naturais? As dimensões sociais, econômicas, ambientais, humanas, culturais estão sendo respeitadas e acomapanhando este desenvolvimento? Estas e outras perguntas dependem antes de tudo, de compreendermos o que o Vale do São Patrício, como ele se encontra em relação ao estado de Goiás, ao Centro Oeste e ao Cerrado, ao Brasil? Há pobreza no Vale?
Escrevi este blog pela necessidade de expor um pouco de como penso uma região em função de suas potencialidades e coisas (a expressão coisas é para simplificar diversas dimensões que compõem o desenvolvimento sustentável)
O desenvolvimento em curso no VSP é compatível com sua base de recursos naturais? As dimensões sociais, econômicas, ambientais, humanas, culturais estão sendo respeitadas e acomapanhando este desenvolvimento? Estas e outras perguntas dependem antes de tudo, de compreendermos o que o Vale do São Patrício, como ele se encontra em relação ao estado de Goiás, ao Centro Oeste e ao Cerrado, ao Brasil? Há pobreza no Vale?
As perguntas precisam respostas e um instumento importante para este diagnóstico é o Zonenamento Ecológico-Econômico (ZEE). Lógico que não é possível apenas com este processo responder a tantas necessidades para a avaliação da região, no entanto, o ZEE é parte de um conjunto de instrumentos capazes de contribuir na avaliação real das possibilidades e limitações da região, dos fatores limitantes principalmente em recursos naturais, sobretudo água, solo e clima.
Diante de tanta potencialidade, o VSP precisa ser ordenado do ponto de vista territorial para que sua sustentabilidade não seja comprometida. O equilíbrio de atividades econômicas com as não-econômicas, o uso e o proveito dos recursos naturais por toda a sociedade. Avaliar de forma estratégica este processo é importante para que no futuro não sejamos responsabilizados pela nossa omissão ou incapacidade de fazer este exercício.
O Vale pode prescindir da capacidade de se manter auto-sustentável (em relação a alimentos, matérias-primas, tecnologia, recursos humanos, etc.) ? Ou esta discussão não cabe?
O IAPEC (Instituto Avançado de Pesquisa e Estudos do Cerrado) juntamente com a Prefeitura de Ceres, EAFCe, Agencia Rural, Secretarias de Agricultura (estadual e municipais), MDA/Pronaf, M. Integração, entre outros se reuniram para dar início a este processo de pensar, realizando as oficinas intituladas: Encontro do Desenvolvimento Regional do Vale do São Patrício, que foram realizadas com o intuito de estimular este debate.
Aconteceram atividades em Itapaci, Ceres, Rubiataba e desdobrou-se destes encontros a criação do Território do Vale do São Patrício.
Afora os repasses governamentais federais (da ordem de 66 milhões em 2006), os municipios (e suas instituições) de Jaraguá, Ceres, Itapaci, Rubiataba, Rialma e Goianésia se beneficiaram com convênios do Governo Federal em cifras próximas a 7 milhões de reais nos anos de 2005/2006. No entanto, 60% destes recursos se destinaram a Ceres e Jaraguá. O gráfico a seguir mostra estes valores.
Tudo isso (ou pouco, como podem achar alguns) sem conhecimento integrado da região e sem o que é mais importante: o plano estratégico do desenvolvimento regional sustentável. A região está crescendo sem planejamento algum.
Por isso e muito mais, que venho estudando a região, oferecer subsídios ao processo de discussão.
Vou apresentar nas próximas postagens, parte de um diagnóstico da região que venho realizando. Chama-se Diagnóstico Territorial do VSP e faz parte de um trabalho inédito que irei publicar em breve.
Segunda-feira, 1 de Outubro de 2007
Rubiataba e o Bolsa Familia
18% de todo o dinheiro que o Governo Federal repassa ao município de Rubiataba vem através do programa Bolsa Família. Em Ceres, este número é de 11% . Os mais desavisados poderiam afirmar que é por que Rubiataba possui maior incidência de pobreza ou algo parecido.
No entanto, os números explicam isso:
em Rubiataba, no ano de 2007 já foram destinados pelo governo federal cerca de R$ 492.158,00 para o programa, na cidade de Ceres o valor é de R$603.211,00
A diferença está no montante que a cidade de Ceres recebe da União: enquanto Rubiataba já recebeu neste ano cerca de R$ 2.748.934,88 (01/10/2007), Ceres já alcança a cifra de R$ 5.345.095,33 ( Ceres recebeu em outros programas muito mais que o municipio de Rubiataba) o que explica as porcentagens inicialmente citadas.
(fonte: Portal da Transparência (CGU))
No entanto, os números explicam isso:
em Rubiataba, no ano de 2007 já foram destinados pelo governo federal cerca de R$ 492.158,00 para o programa, na cidade de Ceres o valor é de R$603.211,00
A diferença está no montante que a cidade de Ceres recebe da União: enquanto Rubiataba já recebeu neste ano cerca de R$ 2.748.934,88 (01/10/2007), Ceres já alcança a cifra de R$ 5.345.095,33 ( Ceres recebeu em outros programas muito mais que o municipio de Rubiataba) o que explica as porcentagens inicialmente citadas.
(fonte: Portal da Transparência (CGU))
Sábado, 29 de Setembro de 2007
Mantendo o ritmo...
Rubiataba e o Vale do São Patríco são alvos de alguns estudos que estou realizando por aqui. Na verdade, a experiência em sala de aula me permitiu conhecer a região de uma maneira muito mais interativa, que foi através da troca constante com alunos e profissionais de diversas áreas que passam o dia em contato com todos as formas de manifestação das qualidades e problemáticas que a cidade e todo o Vale do São Patrício possui.
Falando em Rubiataba, visite o Wikipédia e veja sobre a cidadealgumas informações elementares.
Dentre minhas atenções maiores estão a questão territorial, a agricultura familiar, o cooperativismo, meio ambiente, cana de açúcar, biodisel e as relações sociais e de poder atuantes.
A leitura crítica sob as diversas abordagens teóricas dos problemas e "amenidades naturais" revela coisas que precisam ser pensadas. Por isso o blog recebeu o nome de Pensando Rubiataba e suas coisas...
Falando em Rubiataba, visite o Wikipédia e veja sobre a cidadealgumas informações elementares.
Dentre minhas atenções maiores estão a questão territorial, a agricultura familiar, o cooperativismo, meio ambiente, cana de açúcar, biodisel e as relações sociais e de poder atuantes.
A leitura crítica sob as diversas abordagens teóricas dos problemas e "amenidades naturais" revela coisas que precisam ser pensadas. Por isso o blog recebeu o nome de Pensando Rubiataba e suas coisas...
Sábado, 22 de Setembro de 2007
Temas para reflexão
Rubiataba é um dos lugares onde vivi que possui características típicas de cidade do interior: povo hospitaleiro, boa comida, prosa na rua, bares simples mas com cerveja gelada, pessoas humildes e sinceras.
Moro lá há 7 anos e minha família toda adotou a cidade como se lá tivéssemos nascido. Não sou filho de Rubiataba, mas minhas filhas são de coração. Adotei a cidade, as pessoas me adotaram. Lá encontrei e encontro a cada dia novos amigos e pessoas com sinceridade em suas conversas, pessoas que querem o bem do próximo e se entregam aos bons motivos de se viver.
Alem destes bons motivos, muitos outros ainda precisam ser lembrados.
Há, problemas diversos (é claro) e tambem serão aqui analisados, com máxima isenção de juízo de valores.
Creio que muitos assuntos são necessários para a discussão de Rubiataba, porem, vou concentrar em escrever ao longo do tempo, um pouco sobre cada um desses problemas e suas consequências para o desenvolvimento da cidade.
Mário Ávila
professor da Facer e da Eafce, doutorando em Desenvolvimento Susntentável (CDS-UNB) e colaborador do IAPEC (Instituto Avançado e Pesquisa e Estudos do Cerrado), organização sem fins lucrativos para o desenvolvimento do Vale do São Patrício.
(C) as ideias aqui expostas são de responsabilidade do autor
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